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Estréia com empate

Falta de pontaria dos atacantes é apontada por Bobô como principal causa do 0x0 em sua estréia oficial no Bahia.

20 jan 2002 | 21H50

A torcida tricolor o recepcionou com uma estrondosa queima de fogos quando ele entrou em campo. Afinal, era a estréia de um dos maiores craques do Bahia em todos os tempos como técnico no clube que o consagrou. Mas o primeiro jogo de Bobô não foi como ele e a galera esperavam – um empate em 0x0, em casa, contra o América/RN, na primeira rodada do Nordestão 2002. O treinador ressaltou a vontade de vencer de sua equipe e apontou a falta de pontaria de seus comandados e a atuação do goleiro adversário como motivos principais do resultado.

“O zero a zero em casa numa largada de competição é evidente que não foi um bom resultado. Mas o Bahia procurou vencer. O jogo foi um ataque contra defesa. Criamos inúmeras oportunidades, colocamos duas bolas na trave, mas erramos muito nas finalizações e, quando acertamos, paramos nas mãos do goleiro”.

O técnico não se mostrou muito chateado com o empate, pois o Nordestão 2002 está só começando. “Foi apenas o início da competição. Ainda temos muito tempo para acertar a equipe e nos reabilitar”. Bobô ficou bravo mesmo com Nonato, expulso aos 11 minutos do segundo tempo por discutir com Jefferson, que também levou o vermelho.

“O Nonato não tinha nada a ver com o lance, uma falta no Preto. A atitude dele não condiz com a de um profissional. Ele tem que tomar consciência para que atos como esse não venham a prejudicar o Bahia, como aconteceu hoje. Mas vamos conversar com o jogador para que isso não se repita e ele possa continuar fazendo os gols dele, ajudando o clube, mas tendo a atitude que se espera dele – a de um ídolo e artilheiro responsável”.

A expulsão do artilheiro, segundo Bobô, “prejudicou e muito” o Tricolor. “Com a saída do Nonato, tive que sacrificar o Ségio Alves, que estava bem no jogo, substituindo-o pelo Kena para dar maior velocidade ao ataque. Com isso, acabei perdendo os dois goleadores do time, que eram os pontos de referência nosso na grande área do América”.

Mesmo com a expulsão de Nonato, Bobô achou que o Bahia jogo melhor na segunda etapa. “No primeiro tempo, nossa marcação estava muito atrás. Os homens da frente estavam isolados. No segundo tempo, corrigimos o posicionamento, passamos a criar mais. Nosso melhor momento na partida foram os 15 minutos finais, depois que o Capixaba, o Kena e o Alan entraram. O time ficou mais veloz, chegou bem na frente, mas pecou na hora de concluir”.