ESPORTE CLUBE BAHIA

Democracia Tricolor

“Democracia Tricolor: Orgulho de um povo”

A Democracia Tricolor é mais que um marco na história do Esporte Clube Bahia. É uma conquista da participação popular, da paixão coletiva e do respeito à voz de seus torcedores, que após anos à margem, se tornaram protagonistas na construção de um clube cada vez mais forte e representativo.

Iniciada em 2013, a transição para um modelo de gestão democrática foi um divisor de águas na história do clube. Após anos de reivindicações, o Bahia passou por um processo de intervenção judicial após uma ação movida por Jorge Maia, sócio do clube, símbolo do processo democrático.

Por conta da ação, uma decisão judicial colocou o clube sob o comando do advogado Carlos Rátis, interventor, responsável por conduzir o clube durante o processo de aprovação do estatuto e convocação das primeiras eleições diretas da história do Bahia.

Durante dois meses, o Bahia viveu sob o comando de Rátis, que evidenciou um clube falido financeiramente e desorganizado nos mínimos detalhes.

Carlos Rátis abriu o clube a novas associações e apresentou uma nova proposta de estatuto. No dia 17 de agosto, mais de três mil sócios, um recorde nas reuniões do Bahia, foram à Fonte Nova para a histórica assembleia que aprovou a mudança no estatuto da agremiação. Entre as principais mudanças, a instituição da eleição direta para presidente, além da redução do número de conselheiros de 300 para 100, com formação proporcional do ‘legislativo’ do clube, e a obrigatoriedade da “ficha-limpa” para exercer cargo no Conselho ou na diretoria.

Com isso, o clube adotou uma estrutura que não apenas permitiu que os sócios-torcedores elegessem diretamente o presidente e o conselho deliberativo, mas também consolidou um exemplo de governança esportiva no futebol brasileiro.

No simbólico dia 7 de setembro, cerca de 5 mil sócios foram às urnas para eleger o advogado e ex-secretário de estado Fernando Schmidt como presidente do Bahia para o mandato-tampão até o final de 2014. Estava consolidada ali a Democracia Tricolor.

A essência da Democracia Tricolor está no poder das escolhas. Em assembleias, eleições e consultas, os sócios podem opinar sobre o futuro do clube, votando para decidir desde medidas administrativas até a liderança executiva. Cada torcedor apaixonado pode por conta da Democracia Tricolor não apenas torcer, mas ser ouvido, moldando um Bahia alinhado aos valores e aspirações de sua imensa nação.

O modelo foi determinante para que o clube abraçasse a diversidade e inclusão que representa. Nas arquibancadas ou nos corredores do clube, a pluralidade de ideias reflete a história de um time que nasceu para ser do povo e para o povo. A Democracia Tricolor passou a simbolizar um ato de resistência e união, traduzindo o espírito de luta que permeia o DNA do clube desde sua fundação.

Graças à Democracia Tricolor, o Bahia segue como exemplo vivo de que, no futebol, gestão democrática é uma realidade possível. E para cada tricolor espalhado pelo mundo, a Democracia Tricolor não é apenas um legado; é uma promessa de que o clube será sempre do tamanho do sonho de sua torcida.