Tricolor foi o pioneiro entre os brasileiros na Libertadores, que hoje é decidida por dois clubes do país.
De Caxias do Sul/RS,
Darino Sena
O mundo assiste hoje ao ápice da participação brasileira na Taça Libertadores da América, decidida, pela primeira vez, por dois clubes do país São Paulo e Atlético/PR. Quem deu o pontapé inicial da trajetória do pais na competição foi o Bahia, em 1960.
Ao bater o Santos de Pelé na final da Taça Brasil de 1959, o Esquadrão de Aço se credenciou como o primeiro brasileiro na edição de estréia da competição. Foi a primeira das três participações do Bahia.
O clube voltou ao torneio sul-americano em 1964, por ter sido vice-campeão brasileiro no ano anterior. A última e melhor participação do Bahia foi em 1989, quando o Tricolor foi desclassificado pelo Inter de Porto Alegre, nas quartas-de-final.
Dois integrantes daquela campanha estão hoje com Bahia em Caxias do Sul, onde o time está concentrado para o jogo de sexta-feira o diretor de futebol Bobô e o auxiliar-técnico Charles Fabian. O último, aliás, é o maior artilheiro do Bahia na história da Libertadores, com os seis gols assinalados em 1989.
Naquele ano faltou pouco para chegarmos nas semifinais. Precisávamos vencer o Inter em casa e acabamos empatando, debaixo de muita chuva. Foi uma frustração grande, mas valeu pela experiência. Foi um campeonato que me abriu portas, deu visibilidade. Mais tarde defendi o Boca Jr., da Argentina. Esperamos que um dia, no futuro próximo, o Tricolor possa voltar a desfilar nos palcos da Libertadores. Vamos trabalhar por isso, comentou Charles.
Retrospecto
Pelo torneio mais importante do continente, nas três edições em que marcou presença, o Bahia realizou 14 jogos, venceu seis, empatou cinco e perdeu três; marcou 18 gols e sofreu 15. Os artilheiros do Tricolor na Libertadores são Charles (6 gols), Osmar (3 gols), Zé Carlos e Gil (2 gols), Abílio, Carlito, Marito, Flávio e Marquinhos (1 gol).