Diretoria explica as razões de não estar mandando seus jogos da Taça Estado em Pituaçu e Fonte Nova.
Sobre o fato do Esporte Clube Bahia estar mandando seus jogos válidos pela Taça Estado de 2005 fora de Salvador, fazem-se necessários os seguintes esclarecimentos:
1 As partidas de mando do clube na competição estavam programadas inicialmente para o estádio Roberto Santos (Pituaçu), localizado em Salvador, onde reside a grande maioria de seus torcedores. A praça esportiva foi escolhida pelos custos relativamente baixos de seu funcionamento, em relação à Fonte Nova, outro estádio da capital que poderia sediar as partidas do Tricolor. Os jogos não estão sendo realizados em Pituaçu porque as condições do gramado não são as ideais e porque o estádio está passando por reformas. Exclusivamente por esses motivos, o Bahia está atuando no interior do Estado;
2 Com a inviabilidade de Pituaçu, não foi cogitada a utilização da Fonte Nova pela demanda de elevados custos de um jogo no local. Como a expectativa de público da competição é baixa, mesmo em se tratando de clássicos, uma vez que o Bahia não utiliza seu time principal, a quantidade de ingressos vendidos não seria suficiente para arcar com as várias despesas para a abertura do Otávio Mangabeira;
3 Como ilustração, cabe o seguinte exemplo. Caso realizasse o jogo deste domingo, contra o Vitória, na Fonte Nova, cobrando R$ 5,00 por ingresso, considerando que 2 mil torcedores fossem ao estádio, uma previsão otimista, o Bahia arrecadaria R$ 10 mil de bilheteria. O total de despesas seria de aproximadamente R$ 18,5 mil. Só o quadro móvel consumiria R$ 10 mil, R$ 1,5 mil seria gasto com a confecção de ingressos, R$ 2 mil com a instalação de câmeras de vídeo. Outros R$ 2 mil iriam quitar custos como aluguel de campo (6% da renda bruta), INSS (5%), ISS (2,5%), Fundo de Apoio ao Campeonato Intermunicipal FACIM (2%), taxa da FBF (5%). O prejuízo do clube seria de R$ 8,5 mil. Na partida do último domingo, contra o Ipitanga, em Catu, o Bahia gastou quase 10 vezes menos;
4 A Taça Estado da Bahia é, no momento, um torneio deficitário, que não gera benefícios significativos ao clube. O Bahia só tem participado da competição nos últimos anos pelo apreço de sua diretoria ao presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, e por ser esta a única forma de manter o elenco de juniores atuando regularmente no segundo semestre.
Por fim, a diretoria do Bahia reafirma que a realização das partidas no interior deve-se unicamente ao processo de enxugamento e racionalização de suas despesas, e jamais para privar o seu torcedor da capital do contato direto com o clube que ama.
Convicto da compreensão dos torcedores,
Darino Sena
Assessor de Imprensa
Esporte Clube Bahia S/A