Nono maior artilheiro da história do Esquadrão, defendeu o Bahia por 14 anos e foi Campeão Brasileiro em 1959.
por Darino Sena
Nome: Armindo Avelino de Santana
Nascimento: 10/11/1938
Posição: Ponta (Atacante)
Naturalidade: Salvador
Outros clubes: Nenhum.
Entrou para a história como um dos maiores pontas do Bahia em todos os tempos. Preferia jogar na direita, mas aceitou mudar de lado para formar uma dupla infernal com Marito, outro expoente da saga tricolor.
Armindo Avelino de Santana nasceu em Itapuã, no dia 10 de novembro de 1938. Começou no futebol de areia. Era tão bom que resolveu seguir conselho de amigos e foi fazer um teste no Bahia, em 1954. Só sairia do clube 14 anos depois.
Por que ficou tanto tempo? Garra, técnica, raça e gols, mais precisamente, 113, foram os principais motivos. Biriba é o nono maior goleador histórico do Tricolor.
Começou a carreira de sucesso dentro do clube em 1957, quando participou do célebre time conhecido como Juventude Transviada, equipe de aspirantes que atropelou os adversários no Estadual, enquanto os titulares excursionavam pela Europa. Foi aí que começou a inesquecível dupla com Marito. O time era tão bom que chegou a golear o poderoso Benfica, de Portugal, num amistoso, por 4 a 1, com um gol de Biriba, é claro.
Em 20 de julho de 1958, conseguiu a vaga no onze principal com atuação de gala num Bavi. Fez um e deu passe para o outro gol, de Hamilton, após driblar meio time. Caiu nas graças da torcida.
O marco da trajetória de Biriba pelo Esquadrão foi o ano de 1959, quando o clube conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro. O ponta fez gols decisivos, como o que garantiu a classificação para as semifinais, contra o Sport/PE, e o de empate na final, contra o Santos de Pelé, na Vila Belmiro. O Tricolor acabaria vencendo aquele jogo.
Biriba não é um dos maiores ídolos da torcida tricolor apenas pela alta técnica e dribles desconcertantes, mas também pela raça. Era um incansável em campo. O que representa bem o espírito de Biriba é o fato de ter jogado com a cabeça enfaixada nas semifinais do Brasileiro de 1959, contra o Vasco, mesmo depois de ter recebido falta violenta de Paulinho.
Em 14 anos de Bahia, Biriba levantou seis estaduais, participou de duas Taças Libertadores da América e foi Campeão Brasileiro. Deixou o clube em 1968. Hoje, aos 67 anos, o ídolo administra o estádio municipal de Itapuã, onde mora.