No dia do goleiro, existe pouco para se comemorar, mas sobra orgulho por parte de todos àqueles que exercem essa ingrata profissão no futebol.
O Dia do Goleiro foi criado em 1986, uma iniciativa de Martorelli, na época, diretor do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, em São Paulo. A data, 26 de abril, passou a ser uma referência para àqueles profissionais que na maioria das vezes, só são lembrados nos momentos mais difíceis, quando sofrem o gol, quando o time perde e são responsabilizados.
Goleiro é uma posição tão miserável, que a onde eles jogam, na pequena área, nem a grama consegue sobreviver, diz o ditado popular, traduzindo uma realidade, que é a difícil carreira de goleiro. O titular do Bahia, Márcio, encarou o desafio cumprindo uma tradição, ele é o terceiro goleiro da família.
Começou com meu avô, Esmeraldo, goleiro do Bahia na década de 60, depois com meu pai, Carlos Memera, no Vitória, nos anos 80, e agora eu, no Bahia, no século XXI. No meu caso, acho que é genética, herança de família, lembra o goleiro Márcio, titular do gol do Tricolor.
Émerson tem conhecimento da homenagem à sua profissão, e se orgulha do dia 26 de abril, porque fica o orgulho de ser lembrado, reconhecido, na profissão. O jogador diz que ser goleiro é um dom de Deus, e que mesmo sendo uma função diferenciada, ingrata, é muito bonita na pratica do futebol.
O técnico do Bahia, o ex-goleiro Zetti, define sua ex-profissão como uma lição de vida, um eterno aprendizado, que passa equilíbrio, responsabilidade e ação não só para a profissão, mas para o homem, o ser humano. Ser goleiro é uma filosofia de vida, define o treinador do Bahia.