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Marcelo Chamusca pode ser auxiliar de Bobô

Técnico do júnior recebeu convite e diz que está pensando. Resposta, só após participação tricolor na Copa SP.

10 jan 2002 | 17H07

O treinador do time júnior do Bahia, Marcelo Chamusca, foi convidado pelo técnico dos profissionais, Bobô, para ser seu auxiliar. Chamusca ficou feliz com o convite, mas disse que só vai dar a resposta após a participação do Tricolor na Copa São Paulo de Futebol Júnior, neste domingo, contra o América/RN – a equipe joga apenas para cumprir tabela.

“Me orgulha muito o fato do Bobô ter me chamado para fazer parte de sua comissão técnica. É um novo desafio na minha carreira, que vai ocasionar uma mudança bem grade na minha rotina. Vou pensar melhor, conversar pessoalmente com o Bobô e depois darei a resposta”, disse Chamusca, que atribuiu a desclassificação precoce na Copa SP aos erros de arbitragem que prejudicaram o Tricolor na estréia, contra o Santos.

“O árbitro expulsou dois jogadores nossos injustamente, marcou um pênalti duvidoso e acabamos perdendo. A gente fica triste por essa má atuação do juiz ter influenciado tão decisivamente na nossa campanha. Nosso objetivo era brigar pela vaga até a última rodada”.

Como o principal critério desempate é o confronto direto, e apenas uma equipe passa de fase, mesmo que o Bahia vença e o Santos perca a última rodada, o Tricolor fica fora, pois empata em número de pontos com o Peixe.

Carreira

Marcelo Chamusca começou no futebol como jogador, nas div. de base do Bahia, em 1979. Foi bi-campeão baiano de júnior. Atuava como volante. Profissionalizou-se no Tricolor, onde ficou até 1988 e faturou outro bi-estadual.

Chamusca iniciou a carreira de técnico em 1993, no juvenil do Vitória da Bahia, após “pendurar as chuteiras”. No arqui-rival do Tricolor, foi pentacampeão estadual e conquistou dois títulos interacionais. Em 1996, Chamusca fez um estágio de dois meses no PSV da Holanda, onde aperfeiçoou seus conhecimentos sobre a tática futebolística.

Em 1998, recebeu convite para ser coordenador das div. de base do Sport/PE. Na função, levou a equipe pernambucana ao tri-campeonato estadual de juniores e à conquista inédita do Torneio de Chenoise, na Suíça, um dos títulos mais importantes do mundo na categoria júnior. Chegou até a ser técnico do time principal, interinamente.

Em fevereiro de 2000, retornou ao Bahia, seu time na infância, para comandar a equipe júnior. Já conquistou cinco títulos – a Taça Estado da Bahia, segunda competição de profissionais mais importante do estado, mas que o Tricolor disputa com o time de garotos, e a Taça Verão, no ano de estréia; o Campeonato Baiano, o I Campeonato do Nordeste e o Torneio Interacional de Marseille, na França, em 2001.