Emerson rejeita proposta de renovação e deixa o Bahia depois de seis anos.
Darino Sena
Um dos maiores ídolos da história recente do Bahia, o goleiro Emerson acertou sua saída do clube, na manhã desta sexta-feira, dia 25/11, em reunião com o presidente Petrônio Barradas e o diretor de futebol Newton Motta, no Fazendão. O jogador comapreceu ao encontro acompanhado de um advogado, Dr. Iran, e já assinou o distrato.
Emerson não aceitou a proposta feita pelo Bahia para a sua permanência, sob a alegação de ter ofertas financeiras maiores.
O arqueiro agora vai seguir seu rumo em outra equipe. Seu substituto no gol tricolor muito provavelmente é Márcio, titular na temporada 2004. Formado nas Divisões de Base do Tricolor, o promissor goleiro provou ter totais condições de dar conta do recado e fazer a torcida tricolor não sentir saudades do ídolo.
Com a saída de Emerson, o Bahia vai em busca de um novo goleiro para compor a suplência ao lado do jovem Paulo César, oriundo das categorias de base.
No Bahia
O gaúcho Emerson de Souza Ferretti, 34 anos, disputou seis temporadas no Bahia. Chegou ao clube em 2000, vindo do Juventude, tendo que superar a má vontade da torcida que o odiava pelo fato de, no ano anterior, ter evitado a classificação tricolor para as semifinais da Copa do Brasil.
Com defesas espetaculares, atuações impecáveis, carisma inconfundível, muito profissionalismo, dedicação, raça e, principalmente, devoção à camisa tricolor, Emerson transformou ódio em amor. Em pouco tempo, conquistou o coração da exigente Nação Tricolor.
Em 2001, teve seu passe adquirido pelo clube. No mesmo ano, mostrou em campo que os dirigentes tinham feito um ótimo negócio – foi eleito pela revista Placar o melhor jogador do País em sua posição.
Líder nato, chegou ao posto de capitão do time nas temporadas 2002 e 2003. Conquistou três títulos pelo Bahia Bicampeão do Nordeste (2001 e 2002) e Campeão Baiano (2001).
Glórias que os rebaixamentos em 2003 e 2005 mancham, mas não apagam. Nos seis anos de casa, Emerson só não foi titular em 2004, quando demorou nas negociações para a renovação contratual e perdeu espaço para Márcio. No início do Campeonato Brasileiro de 2005, voltou a ser o número 1.
Por tudo que fez com a camisa do Bahia, Emerson deixa de ser um atleta do Tricolor para entrar de vez na galeria dos eternos ídolos do Esquadrão de Aço.