Retrospecto mostra que o Bahia se dá bem quando decide fora de casa.
Darino Sena
Encarar decisões fora de casa e se dar bem é uma rotina para o Bahia. O bom retrospecto nessas situações serve de alento para a Nação Tricolor, que neste sábado vive a experiência mais uma vez. Agora, o que está em jogo é a permanência do clube na Segundona.
Decidir longe da torcida é comum na trajetória do Esquadrão de Aço, seja na euforia da disputa por títulos, como também no sufoco para evitar o rebaixamento.
Nos melhores capítulos dessa história, o Bahia conseguiu os finais mais felizes e brilhantes de sua gloriosa existência. O Bicampeonato Brasileiro foi conquistado bem longe da Nação Tricolor. Em 1959, a volta olímpica foi dada no Maracanã. Trinta anos depois, foi preciso calar o Beira Rio para repetir a dose.
Nas últimas décadas, vagas importantes em fases finais de competições nacionais também foram garantidas fora de Salvador. Em 1994, a classificação para as quartas-de-final do Brasileirão veio após um empate sem gols com o Vasco em São Januário. Em 2001, a presença na mesma fase da competição foi garantida com uma vitória sobre o Sport, na Ilha do Retiro. Pela Copa do Brasil, Atlético/MG e Coritiba/PR, em 1999; Santos/SP, em 2001; e a Portuguesa/SP, em 2002, foram eliminados dentro de seus domínios pelo Bahia.
Na luta contra o rebaixamento, em 1996, o Tricolor continuou na elite ao vencer o Flamengo, por 1 a 0, em São Januário. Em 2002, numa disputa direta com a Lusa, em Mogi Mirim, o Esquadrão fez 4 a 2 e mandou rubro-verde para a Segunda Divisão.
A expectativa da torcida é que o Bahia repita os exemplos de sucesso e sinta-se em casa também neste sábado em Jundiaí, vença o Paulista e tranqüilize os lares dos milhões de tricolores espalhados por todo o país.