Tricolores admitem favoritismo do São Caetano e acham que o Bahia pode tirar proveito disto.
A melhor campanha em todo o campeonato, o fato de estar jogando em casa e com a vantagem do empate no tempo normal e na prorrogação para ir às semifinais do Brasileirão 2001. Tudo isso faz do São Caetano o favorito para ficar com a vaga enfrentando o Bahia, nesta quarta-feira, certo? Certo, pelo menos na opinião dos jogadores tricolores. Mas eles não se incomodam e até acham que o favoritismo do adversário pode ajudar o Bahia a surpreender o azulão em pleno Anacleto Campanela.
“Isso faz com que a responsabilidade de vencer seja toda deles. Há uma expectativa de todo o país de que eles nos derrotem. Nós vamos jogar mais tranquilos, já que só a nossa torcida mesmo é que acredita na gente. Podemos surpreender”, afirmou o goleiro Emerson.
O zagueiro Carlinhos é outro que não nega o favoritismo do azulão, mas diz que o Bahia também fez uma bela campanha e pode vencer o líder da primeira fase do Brasileiro. O zagueiro lembra a inesquecível goleada tricolor na estréia da competição.
“O Bahia fez grandes apresentações no campeonato, como na vitória por 4×0 sobre o Atlético/MG e na goleada de 5×0 sobre o próprio São Caetano. Isso, além do fato de termos conseguido estar entre os oito e chegar à fase final, nos credencia como fortes canditados à vaga, mesmo jogando fora de casa”.
Já o técnico Evaristo de Macedo usou exemplos históricos para mostrar que favoritismo não ganha jogo. “Todos falam que o São Caetano é favorito à conquista do título. É verdade que a equipe fez uma excelente campanha. No entanto, estou no futebol há 50 anos e vi o Brasil (em 1950, no Maracanã) e a Hungria (em 1954, na Suíça) perderem Copas que todos consideravam como ganhas”.