Notícias

Eles conseguiram Bahia é roubado de novo e dá adeus à Copa dos Campeões

Depois de prejudicar o Bahia em toda 1a fase, arbitragem consegue tirar Tricolor da competição, marcando pênalti inexistente para Paysandu nos acréscimos – que determinou derrota.

21 jul 2002 | 18H15

O Bahia foi prejudicado pela arbitragem pelo quarto jogo consecutivo na Copa dos Campeões e está fora da competição, ao perder para o Paysandu, por 2 a 1, graças a um pênalti inventado nos acréscimos pelo árbitro Antônio Pereira da Silva, em partida realizada neste domingo, em Belém. Os gols foram marcados por Jajá e Jóbson, para os paraenses; e Robgol, para o Tricolor.

O jogo estava empatado até os 46 minutos do segundo tempo. O goleiro Emerson tinha defendido um pênalti na primeiro tempo e o Bahia ,com um homem a menos, suportava a pressão do Paysandu. Foi quando Antônio Pereira da Silva resolveu marcar toque de mão de Accioly na área – todas as câmeras de TV mostraram claramente que a bola tocou no peito do zagueiro.

Pereira usou a “lei da compensação”. Ele marcou a penalidade porque tinha errado aos 25 minutos do segundo tempo, quando não assinalou pênalti claro de Marcelo Souza em Jajá. No finalzinho, o árbitro decidiu “corrigir” o erro.

Este foi o quarto erro grave da arbitragem contra o Bahia ma Copa dos Campeões 2002. Contra o Palmeiras, o time teve um gol legítimo anulado. Contra Atlético/MG e Palmeiras, idem. Mesmo assim, o Bicampeão do Nordeste conseguiu passar de fase, só que, desta vez, o Tricolor não conseguiu superar a má vontade, a irresponsabilidade, o despreparo e a injustiça da vergonhosa e decadente arbitragem brasileira.

O jogo

O Paysandu começou melhor, explorando principalmente a lateral esquerda. Aproveitando os erros de marcação do Bahia, o Papão conseguiu dois bons cruzamentos para a área nos cinco minutos iniciais, cortados pela zaga tricolor.

O Bahia só equilibrou a partida por volta dos 15 minutos. Melhor organizado taticamente, o Tricolor passou a atacar os paraenses, que também apresentavam muitas falhas de marcação na zaga.

Aos 16 minutos, o Esquadrão de Aço perdeu sua melhor chance de gol. Bebeto faz grande jogada pela esquerda e cruzou. Após a furada do zagueiro, Nonato cabeceou sozinho, no ângulo direito de Marcão, mas a bola passou por cima do travessão.

Um minuto depois, Mantena tocou para Nonato. O artilheiro trombou com dois zagueiros, na entrada da área, ganhou a disputa de bola, mas, na hora do chute, foi travado pelo goleiro Marcão, que saiu bem do gol.

O Paysandu respondeu ao bom momento do Bahia aos 25 minutos. Jajá recebeu na linha da grande área, driblou Ramalho e oi derrubado – pênalti corretamente marcado por Antônio Pereira da Silva.

Na cobrança, Jóbson bateu no canto direito de Emerson, que retardou sua saída e espalmou a bola. No rebote, o paraense tentou de novo, mas o capitão tricolor voltou a fazer milagre e salvou o Bahia.

Todos esperavam que o Bahia continuasse a crescer na partida, cheio de moral pela defesa de Emerson, e que o Paysandu se desestabilizasse emocionalmente por causa disso. Mas não foi o que aconteceu.

Cinco minutos após o pênalti, Jajá recebeu na área, pegou de primeira na bola, colocando-a no cantinho esquerdo de Emerson, fazendo um belo gol no Mangueirão.

O Bahia sentiu o baque, mas não se desesperou e foi para cima, quase conseguindo o empate, ainda na primeira etapa. Robgol recebeu boa bola pela direita, mas chutou em cima de Marcão.

Apesar de não ter sofrido alterações no intervalo, o Bahia voltou melhor para o segundo tempo. Tocando bem a bola, criando jogadas pelo meio, marcando com eficiência, o time conseguiu o empate logo em sua primeira jogada ofensiva.

Aos três minutos, Gil Baiano invadiu a área pela direita e cruzou para o meio – Weber meteu a mão na bola. Na cobrança, Robgol, com categoria, deslocou Marcão e fez a alegria da Nação Tricolor, calando o Mangueirão.

Com o gol, o Bahia se empolgou e continuou em cima. Aos 9 minutos, Robgol chutou de longe, a bola escorregadia em função da chuva, enganou Marcão, que bateu roupa, mas se recuperou antes da chegada de Nonato.

Aos 12 minutos, Nonato recebeu ótimo lançamento de Robgol, ganhou do zagueiro e tocou por cima do goleiro, mas Gino salvou o Paysandu.

O domínio do Bahia acabou aos 15 minutos, quando Chiquinho fez falta violenta em Weber, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Bobô foi obrigado a tirar o atacante Nonato para colocar o zagueiro Accioly, o que desconfigurou todo o esquema tático do Tricolor.

Antes de sair, Nonato teve uma grande chance de marcar. O atacante recebeu lançamento de Gil, penetrou na área, ganhou do marcador na corrida e bateu cruzado. Marcão defendeu. No rebote, Gil Baiano arriscou da entrada da área, mas o goleiro voltou a intervir.

Com um jogador a mais, empurrado pela torcida, o Paysandu começou a pressionar e muito o Bahia. Aos 25 minutos, Jajá foi derrubado na área por Marcelo Souza – pênalti claro que o juiz não deu, num erro que Antônio Pereira “corrigiria” no final.

Aos 38 minutos, o Paysandu teve sua melhor chance de balançar as redes. Welber entrou na área pela direita e rolou para trás. Albertinho bateu de primeira e Marcelo Souza salvou em cima da linha, de carrinho.

Aos 44 minutos, Albertinho quase marcou, após cruzamento de Jajá pela direita – mas o atacante cabeceou para fora.

Quando o jogo parecia se encaminhar para a cobrança de pênaltis, a arbitragem da Copa dos Campeões decidiu prejudicar o Bahia de novo, desta vez através de Antônio Pereira da Silva. O árbitro goiano marcou toque de mão de Accioly na área, quando as câmera de TV mostraram claramente que a bola bateu no peito do zagueiro do Bahia. Na cobrança, Jóbson chutou sem chances de defesa para Emerson e eliminou o Tricolor.