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Cruz exige comprometimento e alegria

Treinador ditou as normas de sua cartilha na apresentação ao elenco.

29 nov 2005 | 14H41

Darino Sena

Duas coisas que o técnico Luís Carlos Cruz não abre mão no relacionamento cotidiano com os jogadores – comprometimento e alegria no exercício profissional. O técnico deixou bem claro ser intolerante com atitudes não condizentes com sua filosofia. E mais: quer todos motivados no dia-a-dia do Fazendão.

“Sou metódico, perfeccionista e acredito que um trabalho só pode dar certo se for planejado e organizado. Isso exige compromisso total de todos envolvidos no processo”, disse o treinador, em conversa reservada com seus comandados.

“Vocês, assim como eu, têm uma oportunidade de ouro, talvez única na vida, que é a de defender um clube de tamanha tradição como Bahia. Não temos o direito de desperdiçá-la”, completou o treinador.

Pontualidade e diálogo

Cruz cobrou pontualidade e dedicação extremas. Não vai perdoar atrasos. Cada um significa uma cesta básica a ser doada aos funcionários do clube. Mais de um atraso por mês ou falta, a punição será definida pelo próprio elenco. A regra vale para jogadores e todos os membros da comissão técnica.

Os treinos vão começar às 8h30, pela manhã, e 15h30, pela tarde. “Nenhum minuto a mais”, avisou o treinador.

Apesar da aparente rigidez, Cruz mostrou-se aberto ao diálogo. “Jogador comigo tem vez e a obrigação de falar, opinar, criticar o que achar errado. Só sei trabalhar com a participação ativa de todos”.

Alegria

Preocupado com o semblante sisudo de alguns dos atletas e possíveis traumas dos remanescentes das últimas campanhas do Bahia, Cruz fez outra exigência. Quer os jogadores alegres e olhando para frente.

“O que passou, passou, não tem jeito. Temos que trabalhar com alegria e motivação para construir um futuro diferente do passado recente do clube. Está terminantemente proibido falar das coisas ruins de outros tempos”.