Treinador ditou as normas de sua cartilha na apresentação ao elenco.
Darino Sena
Duas coisas que o técnico Luís Carlos Cruz não abre mão no relacionamento cotidiano com os jogadores comprometimento e alegria no exercício profissional. O técnico deixou bem claro ser intolerante com atitudes não condizentes com sua filosofia. E mais: quer todos motivados no dia-a-dia do Fazendão.
Sou metódico, perfeccionista e acredito que um trabalho só pode dar certo se for planejado e organizado. Isso exige compromisso total de todos envolvidos no processo, disse o treinador, em conversa reservada com seus comandados.
Vocês, assim como eu, têm uma oportunidade de ouro, talvez única na vida, que é a de defender um clube de tamanha tradição como Bahia. Não temos o direito de desperdiçá-la, completou o treinador.
Pontualidade e diálogo
Cruz cobrou pontualidade e dedicação extremas. Não vai perdoar atrasos. Cada um significa uma cesta básica a ser doada aos funcionários do clube. Mais de um atraso por mês ou falta, a punição será definida pelo próprio elenco. A regra vale para jogadores e todos os membros da comissão técnica.
Os treinos vão começar às 8h30, pela manhã, e 15h30, pela tarde. Nenhum minuto a mais, avisou o treinador.
Apesar da aparente rigidez, Cruz mostrou-se aberto ao diálogo. Jogador comigo tem vez e a obrigação de falar, opinar, criticar o que achar errado. Só sei trabalhar com a participação ativa de todos.
Alegria
Preocupado com o semblante sisudo de alguns dos atletas e possíveis traumas dos remanescentes das últimas campanhas do Bahia, Cruz fez outra exigência. Quer os jogadores alegres e olhando para frente.
O que passou, passou, não tem jeito. Temos que trabalhar com alegria e motivação para construir um futuro diferente do passado recente do clube. Está terminantemente proibido falar das coisas ruins de outros tempos.