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Bahia x São Caetano: Tricolor não sabe o que é derrota

Confira a curta, mas emocionante, história dos confrontos entre o Esquadrão de Aço e o azulão.

20 set 2002 | 18H23

Foram poucos jogos, contudo, marcados por muita emoção. Assim pode ser resumida a curta história dos confrontos entre Bahia e São Caetano. Melhor para o Tricolor da Boa Terra, que nunca perdeu para o clube do ABC paulista. Até hoje, foram quatro duelos, dois triunfos do Esquadrão de Aço e dois empates; 8 gols baianos e dois do azulão.

A história começou em 25 de agosto de 1991. O Bahia foi convidado para a festa de inauguração do estádio José Tortorele, mas acabou jogando água no chopp dos anfitriões. Invicto há 22 jogos, a equipe treinada por Luís Antônio manteve a série, derrotando o azulão por 1 a 0, com um gol de Mazinho, aos 21 minutos do 2o tempo. Na época, o Bahia recebeu Cr$ 3 milhões de cruzeiros pela participação na partida. Atual auxiliar técnico do Esquadrão, o meia Gil Sergipano esteve em campo.

Após o primeiro embate, Bahia e São Caetano só voltaram a se enfrentar 8 anos depois, no dia 26 de outubro de 1999, pela fase classificatória do Campeonato Brasileiro da Série B, na Fonte Nova. A partida foi cercada por muita expectativa, pois ambos brigavam pela ponta na tábua de classificação. O jogo terminou empatado em 2 a 2 e teve um aspecto muito curioso.

No finalzinho do primeiro tempo, os meias Lima, do Bahia, e Magrão, do São Caetano, trocaram empurrões à beira do gramado. O árbitro Ubiracy Damásio expulsou o jogador do azulão, provocando a revolta dos reservas da equipe paulista, que invadiram o campo para protestar. Resultado? Todos os atletas do banco foram expulsos e o time do ABC não pôde mais fazer substituições ao longo da partida.

No Campeonato Brasileiro de 2001, o Bahia estreou e fez sua despedida contra o São Caetano. No dia 1o de agosto, a estréia, o Tricolor, numa noite inspiradíssima, aplicou uma goleada por 5 a 0, fazendo a alegria da torcida na Fonte Nova. Os artilheiros foram Nonato (2), Marcus Vinícius (2) e Alex Alves.

Em 5 de dezembro, os clubes se enfrentaram pelas quartas de final da competição, no Anacleto Campanela/SP. Por ter feito a melhor campanha na fase classificatória, o azulão jogava por empates no tempo normal e na prorrogação para ficar com a vaga nas semifinais. Ao Bahia, restava vencer.

Com muita raça, garra e determinação, os jogadores do Bahia suportaram a forte pressão do São Caetano e, mesmo com a desvantagem de um companheiro (Daniel foi expulso no tempo extra), buscaram o gol da classificação até o último minuto da prorrogação. Mas não deu, o 0 a 0 classificou a equipe do ABC, que acabaria sendo vice-campeã do certame.

O Bahia teve sua grande chance de balançar as redes aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação. Jean Elias chutou forte em cobrança e falta, a bola quicou no chão, bateu no queixo do goleiro Sílvio Luís e foi para fora. No decorrer da partida, o São Caetano teve mais oportunidades de marcar seu gol, mas o azulão simplesmente parou nas exorbitantes e fantásticas defesas do goleiro Emerson, ao lado de Ramalho, que anulou o atacante Anaílson, os melhores em campo.