Se vencer o jogo de domingo, Tricolor garante classificação na Copa dos Campeões e iguala número de vitórias nos confrontos com o clube carioca.
Vencendo o Vasco, neste domingo, em Teresina, além de garantir presença nas quartas-de-final da Copa dos Campeões, o Bahia empata a disputa histórica com o rival. Até hoje, os dois clubes se enfrentaram 52 vezes nos campos de futebol, com 18 vitórias dos tricolores, 19 dos cruzmaltinos e 15 empates. O atual Bicampeão do Nordeste já balançou as redes vascaínas 66 vezes, sendo que o maior triunfo do Esquadrão de Aço aconteceu no dia 21 de janeiro de 1957, por 3 a 0.
No último confronto com o Vasco, no dia 19 de setembro de 2001, válido pelo Campeonato Brasileiro, o Bahia levou a melhor, em pleno estádio São Januário. Numa partida dramática, o Tricolor venceu por 1 a 0, com um gol do atacante Marcus Vinícius, já nos acréscimos. O time da cruz de malta contava com a re-estréia da dupla de ataque tetra-campeã do mundo em 1994, Bebeto e Romário.
Três jogos para a história
Os jogos mais importantes da história de Bahia e Vasco certamente foram os três válidos pelas semifinais da Taça Brasil de 1959. Na primeira partida, em 19 de novembro daquele ano, em pleno Maracanã lotado, o Tricolor assombrou o país e calou crônica esportiva carioca, que afirmou que os baianos só tinham ido ao Rio conhecer o maior estádio do planeta e ver Copacabana. Comandado pela dupla Marito e Alencar, autor do gol, o Bahia venceu, por 1 a 0, a equipe do capitão da Seleção Brasileira de 1958, Bellini.
No jogo de volta, em Salvador, no dia 24 de novembro, diante de 40 mil pessoas, o maior público da história da Fonte Nova até então, porém, o Tricolor vacilou e acabou perdendo por 2 a 1, o que forçou a realização de uma partida desempate.
Dois dias depois, o Bahia entrou em campo, na mesma Fonte Nova, para decidir uma vaga na final do primeiro Campeonato Nacional. Com uma golaço de Brito, defesas sensacionais de Nadinho e o apoio de 25 mil torcedores, o Tricolor conseguiu bater o Vasco novamente e garantiu vaga na decisão, contra o Santos de Pelé.
Mas nem o maior time do futebol mundial em todos os tempos seria páreo para a força do Esquadrão de Aço, que acabou conquistando a Taça Brasil, uma das duas estrelas do manto sagrado azul, vermelho e branco. O título deu ao Bahia o direito de ser o primeiro representante brasileiro na Taça Libertadores da América, em 1960.