Notícias

Bahia perde invencibilidade e adia classificação

Apesar da derrota para CRB, Tricolor depende apenas de triunfo em casa para chegar às semifinais no Nordestão.

07 abr 2002 | 18H09

O Bahia perdeu uma invencibilidade de cinco jogos (3 no Nordestão e 2 na Copa do Brasil) neste domingo, ao ser derrotado, de virada, pelo CRB/AL, por 3×1. O gol baiano foi marcado por Sérgio Alves, que assumiu a artilharia da competição, com 11 gols. Sílvio (2) e Fernando César fizeram os gols do triunfo alagoano.

O Tricolor caiu da segunda para a terceira posição com a derrota, mas ainda tem grandes chances de passar às semifinais do Nordestão 2002. Para isso, basta vencer o lanterninha Confiança/SE, no próximo domingo, na Fonte Nova. O Bahia vai ter desfalques para esta partida – Valdomiro e Daniel, suspensos pelo quinto cartão amarelo.

Jogando em casa e precisando do triunfo para manter o sonho da classificação, o CRB tomou a iniciativa do jogo.

Mas a primeira grande chance de abrir o placar foi do Bahia. Aos 8 minutos, Nonato recebeu na área e bateu cruzado. O goleiro Geraldo falhou, a bola passou por ele, mas não por Saymon, que evitou o gol em cima da linha.

Mesmo com maior posse de bola, os alagoanos não conseguiam furar o bloqueio tricolor e penetrar na área. O jeito então era tentar os chutes de longa distância, mas a má pontaria de seus jogadores atrapalhou as pretensões do CRB.

O único que acertou o pé num chute de longe foi Calixto, que mandou a bola no ângulo de Emerson. O guarda-metas voou e fez sua defesa mais bonita em seu 100o jogo consecutivo com a camisa 1 do Tricolor.

Já o Bahia, que começara armado para explorar os contra-golpes, resolveu partir para cima do adversário, aproveitando-se da ineficiência ofensiva do CRB.

Contudo, o Tricolor esbarra no mesmo problema que seu oponente quando partia para cima – a boa marcação da zaga. Ainda assim, o Bahia criou duas boas oportunidades, com Sérgio Alves.

Na primeira, aos 20 minutos o atacante recebeu na entrada da área, tentou dar um banho de cúia no goleiro, mas foi desarmado.

Na segunda, aos 28 minutos, Sérgio Alves chutou forte de fora da área. A bola tinha endereço certo, mas desviou em Bruno e saiu.

Depois de “tomar conta da partida”, o Bahia conseguiu marcar seu gol, após uma bela jogada, aos 35 minutos – Bebeto lançou com precisão para a área. Com categoria, Nonato tocou de primeira para Sérgio Alves que cabeceou no contra-pé do goleiro, fazendo seu 11o gol no Nordestão e assumindo a artilharia do certame.

Com a desvantagem, o técnico Roberval Davino resolveu arriscar tudo no segundo tempo, pois apenas a vitória interessava ao CRB – o treinador colocou Vágner Uéslei no lugar de Fernandinho, deixando seu time com três atacantes.

A mudança surtiu efeito positivo. O time da casa cresceu e chegou ao empate aos 6 minutos – Calixto cruzou da esquerda, a zaga tricolor cochilou e Sílvio, ex-jogador do Bahia, cabeceou para o fundo das redes.

O gol abateu o Tricolor, que caiu muito de produção na segunda etapa – o atual Campeão Nordestino deu espaço para o CRB atacar pelas laterais, afrouxou a marcação no meio, errou muitos passes nas saídas para os contra-ataques e aceitou a pressão alagoana.

Para piorar sua situação, aos 13 minutos, o Bahia perdeu Robgol, que voltou a sentir a contusão no tornozelo que vem o acompanhando há uma semana.

Mantena entrou no lugar do atacante para reforçar a marcação no meio-de-campo e tentar conter o ímpeto ofensivo do adversário – o que acabou não acontecendo.

De tanto pressionar, o CRB conseguiu um pênalti – depois de um bate-rebate na área, após escanteio, a bola acabou tocando no braço de Ramalho e o árbitro Genival Lima apontou a infração. Aos 26 minutos, Fernando César partiu para a cobrança e colocou sua equipe na frente.

Seis minutos depois, aproveitando-se de um erro de passe de Preto no meio, Fernando César roubou a bola e abriu na direita para Sílvio invadir a área e bater cruzado, dando números finais à partida.

O técnico Bobô ainda colocou os atacantes Kena e Nílson nos lugares de Daniel e Nonato, para tentar aumentar o poder de fogo do Tricolor e esboçar uma reação. Mas o Bahia não melhorou e acabou amargando sua quarta derrota no Nordestão 2002.