Além do fato de estarem na disputa de um dos clássicos mais importantes do futebol brasileiro, num estádio provavelmente lotado, em busca da liderança do Nordestão 2002, os jogadores do Bahia vão ter uma motivação a mais no confronto com o Vitória da Bahia – fazer com que o Tricolor volte a vencer o arqui-rival no Barradão depois de um jejum de quase quatro anos.

“Isso só faz aumentar a nossa vontade de vencer. Quebrar esse tabu é mais um objetivo que nós temos. O fato do Bahia estar há algum tempo sem vencer no Barradão não nos amedronta, só traz motivação ao elenco”, disse o meia Preto.

O atacante Robgol considera que o papel do torcedor vai ser fundamental para o Tricolor acabar com o jejum. “Cabe à torcida do Bahia comparecer e nos empurrar para um triunfo que, se acontecer, vai ser marcante tanto para ela, como para nós, jogadores”.

O último triunfo do Bahia sobre o rubro-negro no Manoel Barradas aconteceu no dia 5 de abril de 1998 – faz tempo, mas foi inesquecível. O Tricolor simplesmente humilhou o rival, impondo-lhe uma goleada por 3×0, com dois gols do ídolo Uéslei, e um de Marquinhos, hoje na Ponte Preta.

A vitória no clássico foi um passo importantíssimo para que o Bahia conquistasse o título estadual daquele ano, numa partida que também foi realizada no Barradão, contra o rubro-negro, no dia 24 de maio. O Tricolor perdeu por 1×0, mas, como tinha vencido o jogo de ida por 2×0, sagrou-se Campeão Baiano de 1998 e fez a festa em pleno estádio do rival.

“Lembro bem daquela decisão. Foi um momento especial para todos os jogadores que participaram daquela conquista. A gente acabou com a história de que o Bahia não tinha sucesso no Barradão”, lembra o zagueiro Valdomiro, um dos remanescentes da campanha de 1998.

Além dele, Mantena e Bebeto Campos, que permanecem no Tricolor, também foram campeões naquela oportunidade, assim como o goleiro Jean e o atacante Róbson Luís, ambos formados nas categorias inferiores do Bahia, mas que vão defender o rubro-negro no domingo.