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Bahia frustra torcida ao ficar no 1 a 1 com a Catuense

Tricolor sentiu a maratona do Nordestão e, mesmo jogando na Fonte Nova, não conseguiu bater primeiro adversário no Super Baianão.

16 maio 2002 | 23H40

Não foi como a torcida esperava. Afinal, o atual Bi- Campeão do Nordeste estava enfrentando um time recém saído da segunda divisão estadual. Mas a teórica superioridade técnica não foi suficiente para o Bahia vencer a Catuense, na noite desta quinta-feira, na Fonte Nova. O Tricolor ficou no 1 a 1 em sua estréia no Super Campeonato Baiano, graças a um golaço de Bebeto Campos, que salvou os 4 mil torcedores presentes no estádio de uma frustração ainda maior.

Antes da partida, o Bahia recebeu as faixas pela conquista do Campeonato Baiano do ano passado, o 43o título estadual de sua história.

Quem esperava um jogo fácil para o melhor time da região começou a perceber que a história não ia ser bem essa logo aos 5 minutos de bola rolando – após cruzamento da esquerda, Vander subiu mais que a zaga tricolor e cabeceou no canto esquerdo. Emerson voou e fez um milagre parcial. Na sobra, Renna bateu forte, da pequena área, mas o goleiro fez outra defesa sensacional.

Mesmo com o susto inicial, o Bahia continuou displicente em campo, desorganizado, talvez sentindo o cansaço devido à decisão de domingo. Aproveitando-se disso, a Catuense chegou a seu primeiro gol, aos 6 minutos – Renna recebeu livre de marcação e tocou na saída de Emerson.

E o time de Catu não parou de pressionar, mesmo com a vantagem – aos 9 minutos, Fabinho caiu pela direita e cruzou para o meio da área, mas Osmar furou.

Aos 12, Fabinho ajeitou de cabeça para Osmar, que acertou um belo chute, na direção do ângulo superior direito, mas mandou a bola para fora.

O Bahia resolveu acordar aos 24 minutos, depois de várias broncas sucessivas do técnico Bobô – Bebeto fez grande jogada e tocou para Robgol na área. Ele tirou o primeiro marcador, mas foi travado na hora do chute. Um minuto depois, Mantena cruzou da direita e Robgol cabeceou, mas Vinícius pegou.

Aos 28 minutos, a Catuense responde às tímidas investidas tricolores – Renna deu um drible desconcertante em Valdomiro, na linha de fundo, entrou na área e cruzou. A bola desviou na zaga e só foi parar no travessão de Emerson.

Depois de mais um susto, o Bahia finalmente decidiu reagir, e em grande estilo, aos 32 minutos – Robgol rolou para Bebeto Campos, na intermediária. Ele arriscou de longe e fez um golaço.

Mas a reação do Tricolor terminou por aí. No segundo tempo, apesar de jogar com mais seriedade, e ter tido uma maior força ofensiva, marcando presença freqüentemente na grande área do adversário, o time da casa criou poucas chances reais de gol.

A maioria das oportunidades do Bahia vinha de cruzamentos na área, que eram interceptados pela zaga da Catuense ou mal aproveitados pelos atacantes tricolores. A exceção foi a cebeçada de Nonato no travessão, após cobrança de escanteio, aos 12 minutos. Mas foi só.

Satisfeita com o empate, a Catuense tocou bastante a bola esperando o tempo passar e tentou surpreender em escassos e mal sucedidos contra-golpes.

O frustrante empate fez a galera vaiar o Bahia ao final do jogo.