Notícias

Bahia deve absolvição aos advogados

Atuação brilhante do departamento jurídico é que evitou perdas de mando de campo. Fita da prisão do torcedor nunca foi usada no processo.

01 jul 2005 | 15H30

Darino Sena

O Bahia se livrou da perda de dois mandos de campo no Brasileirão 2005, nesta quinta-feira, em julgamento no STJD, e deve sua absolvição à competência de seu departamento jurídico, cujos braços no Rio de Janeiro são os advogados e sócios Marcus Donicci e Mário Bittencourt.

A habilidade da dupla, aliada ao trabalho da advogada Shirley Monroe, que representa o Tricolor em Salvador, foi fundamental para evitar o tremendo prejuízo financeiro que acarretaria a manutenção da decisão e privaria a torcida de acompanhar seu time do coração em duas partidas.

Injustamente, os advogados têm sido acusados de omissão no caso, já que o Bahia foi considerado culpado no julgamento da 4ª Comissão Disciplinar do STJD, no último dia 3 de julho. Punição motivada porque um cidadão atirou lata no gramado, durante o jogo contra o Gama, em 21 de maio.

O argumento dos críticos é o de que clubes como Vitória e Brasiliense passaram por problemas semelhantes e foram absolvidos. Acontece que estes casos não foram apreciados pela 4ª Comissão Disciplinar, que tem, comprovadamente, uma linha de conduta mais rigorosa que as demais.

A alegação que o clube não teria utilizado as fitas de vídeo mostrando a identificação e prisão do infrator na 4ª Comissão também não procede. Tanto é que na apreciação do recuso, pelo Tribunal Pleno do STJD, nesta quinta, as fitas de vídeo também não foram mostradas.

Foram suficientes para a inocência do Bahia as provas documentais apresentadas pelos advogados, atestando que o clube tomou todas as providências cabíveis para prevenir e repreender o lançamento de objetos no gramado. Tais provas foram os ofícios destinados à Polícia Militar solicitando segurança para fiscalização e revista de torcedores no estádio; como também à proibição da comercialização de bebidas em latas de alumínio ou similares.

A competência dos advogados do Tricolor foi reconhecida de forma esmagadora pelo Tribunal Pleno, já que o recurso do clube, apreciado nesta quinta, foi acolhido por unanimidade entre os auditores.