O Bahia contratou o meia Carlinhos, que estava no Botafogo/RJ e foi um dos melhores jogadores da posição no último Campeonato Brasileiro, como capitão do Internacional/RS, treinado pelo técnico tetra-campeão mundial, Carlos Alberto Parreira. O atleta assinou contrato até dezembro com Tricolor, na manhã desta quinta-feira, em sua sede administrativa, no Suarez Trade.

Carlinhos estava jogando e treinando normalmente em seu antigo clube e se diz pronto para defender o Bahia na Copa dos Campeões. O meia deve ser integrado ao elenco tricolor para participar das quartas-de-final da competição, caso o Esquadrão de Aço consiga a classificação, no próximo domingo, quando enfrenta o Vasco da Gama.

O novo contratado disse ter sido sondado por outros clubes, mas escolheu o Bahia por sua tradição, grandeza e pela força da torcida tricolor. “Jogar num clube grande, de massa, é muito motivante. Foi isso que me fez aceitar o convite”.

“Não vejo a hora de vestir a camisa do Bahia, que, para mim, é uma das mais tradicionais do nosso futebol. Mesmo de longe, dá para perceber que a torcida do Bahia é muito apaixonada e fiel, incendeia as arquibancadas da Fonte Nova e mete medo em qualquer adversário. Estou loco para sentir esse calor, honrar e encher esse torcedor de orgulho”, completou.

O técnico Bobô aprovou a contratação. “Eu já vi o Carlinhos atuar diversas vezes, conheço bem o futebol dele. Trata-se de um excelente jogador, habilidoso, com um bom passe, visão de jogo e um chute potente e certeiro. Nós estávamos precisando de um atleta com as características dele, já que tínhamos carência de meias ofensivos”.

Carlos Eduardo de Gouveia nasceu em São Paulo/SP, tem 1,76m de altura e pesa 75kg. O meia começou a carreira em 1985, nas Divisões de Base do São Paulo/SP, onde ficou até 1990. Em 1991, o jogador se profissionalizou, no Santos/SP, clube que defendeu até 1997, sendo que, em 1993, teve uma rápida passagem pelo Jundiaí/SP, por empréstimo. Passou o ano de 1997 no Guarani/SP. De 1998 a 2000, Carlinhos esteve na Portuguesa/SP. No segundo semestre de 2000, se transferiu para o Internacional/RS, onde permaneceu até o final de 2001, quando foi para o Botafogo/RJ.

A passagem pelo Inter foi uma das melhores de sua carreira, na opinião de Carlinhos. “Lá eu fui capitão do time, ídolo da torcida, fiz um grande Campeonato Brasileiro e tive a oportunidade de trabalhar com o Parreira”.

Carlinhos se define como um jogador técnico, armador de jogadas no meio, mas que também tenta balançar as redes, explorando principalmente os chutes de fora da área. “Procuro sempre passar bem a bola para os atacantes, com rapidez. Além disso, ajudo na marcação. Também, gosto de cobrar faltas e chutar de longe, batendo bem forte na bola”.

Apesar de nunca ter atuado no futebol nordestino e de conhecer apenas dois atletas do atual elenco tricolor – Marcelo Souza, com quem jogou no Guarani; e Gil Baiano, com o qual tem “uma boa amizade”, construída no Inter – , Carlinhos acredita que não vai ter problemas de adaptação no Bahia. “O baiano tem fama de hospitaleiro, Salvador é uma cidade muito agradável e eu sou uma pessoa fácil de lidar. Com humildade, vou procurar me entrosar rapidamente com todos”.

Mesmo não conhecendo o técnico Bobô, Carlinhos disse estar acompanhando e aprovando o seu trabalho à frente do “forte e competitivo” time do Bahia. “O Bobô tem uma ótima imagem como jogador e vem conseguindo repetir o sucesso como técnico. Ele armou uma equipe forte, conquistou seu primeiro título com menos de seis meses no cargo, o que mostra sua competência. Espero que meu estilo de jogo o agrade para que eu possa ajudar o Bahia a fazer uma grande campanha, ou, quem sabe, ser Campeão Brasileiro. Com o time e a torcida que o clube tem, acho que podemos pensar no título”.