Quando assumiu o cargo de técnico do Bahia, Bobô resolveu manter a base montada por Evaristo de Macedo, ex-treinador do clube, por que queria observar melhor o time para depois mudá-lo. Bobô afirmou ainda que o Tricolor só ia começar a ter a “cara dele” depois de, pelos menos, quatro jogos pelo Campeonato do Nordeste. Pois é o que acontece agora.

Em sua quinta partida oficial no comando do Bahia, nesta quarta-feira, contra o ABC, Bobô vai fazer mudanças na equipe titular para que ela se enquadre melhor à forma ideal com que o treinador quer que seu time jogue – agressivamente e no ataque.

Por isso, o meia ofensivo Luís Carlos Capixaba ganhou de vez a posição de titular. Capixaba entraria no lugar do volante Ramos, mas ele continua no time porque o zagueiro Ramalho, gripado, não deve jogar.

Com as mudanças, Bobô passa a utilizar o esquema 4-4-2, deixando de lado o 3-5-2, usado por Evaristo na campanha que levou o Bahia às finais do Brasileirão 2001. Muitos qualificaram a formação de Evaristo como retranqueira porque além de ter os três zagueiros, tinha dois volantes. Agora, Bobô troca um zagueiro por um meia de criação para deixar o Tricolor mais ofensivo.

“Estou colocando um jogador (Capixaba) de mais criatividade no meio, um armador, para dar mais agressividade ao time e uma saída de bola mais qualificada do meio para a frente. Além do mais, o Capixaba finaliza e chuta bem de fora da área. Ele entra também para que o Preto possa dividir com alguém a responsabilidade na armação das jogadas”, disse Bobô, que mexeu também no ataque.

Artilheiro do Bahia na temporada passada, Nonato agora é reserva, por causa do jejum de gols no Nordestão. Em seu lugar, entra Robgol, totalmente recuperado de uma contusão no joelho que o tirou dos dois primeiros jogos do regional.

O Bahia com a “cara de Bobô” vai jogar com: Emerson, no gol; Daniel, na lateral direita; Chiquinho, na esquerda; Valdomiro e Jean Elias, na zaga; Ramos, Bebeto Campos, Preto e Capixaba, no meio; Robgol e Sérgio Alves, no ataque.